terça-feira, 6 de abril de 2010

Coca-Cola Brasil lança garrafa PET feita a partir de cana-de-açúcar

Material tem origem parcialmente vegetal e pretende reduzir a dependência da empresa em relação aos recursos não renováveis, além de diminuir em até 25% as emissões de gás carbônico, principal gás causador do efeito estufa
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A Coca-Cola Brasil, parceiro associado do Instituto Akatu, lançou no dia 25 de março, a PlantBottle - primeira garrafa PET feita parcialmente de material de origem vegetal, ou seja, 30% a base de planta. Em sua composição, o etanol da cana-de-açúcar, substitui parte do petróleo como insumo na nova embalagem, reduzindo em 25% as emissões de CO2, principal gás causador do efeito estufa, ao mesmo tempo em que diminui a dependência da empresa em relação aos recursos não renováveis.

O lançamento aconteceu no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e contou com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc; do presidente da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa; do vice-presidente de Técnica e Logística da empresa, Rino Abbondi; do presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank; e da gerente de Operações do Instituto Akatu, Heloisa Mello.

“Houve uma grande mobilização e investimentos para chegarmos à fórmula da PlantBottle e, com seu lançamento, confirmamos novamente nossa posição de vanguarda na inovação de embalagens. Ao substituir parte do petróleo usado na fabricação do PET por etanol de cana-de-açúcar, um recurso absolutamente renovável e abundante no País, a Coca-Cola Brasil inaugura uma nova era para as embalagens plásticas”, afirmou Xiemar Zarazúa, presidente da Coca-Cola Brasil.

A expectativa é que, ainda em 2010, a produção inicial das garrafas PlantBottle resulte na redução de uso de mais de cinco mil barris de petróleo, segundo Rino Abbondi, vice-presidente de Técnica e Logística da empresa.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, parabenizou a iniciativa e declarou esperar que “outras empresas sigam iniciativas como esta, reduzindo o uso de materiais de origem fóssil e investindo em embalagens recicláveis". Minc garantiu ainda que o país está preparado para a expansão do etanol sem prejudicar a produção de alimentos. "Não haverá plantio de cana em áreas destinadas à produção de alimentos".

Segundo Rino Abbondi, vice-presidente de Técnica e Logística da empresa, “o Brasil é um dos primeiros mercados a adotar a PlantBottle e acreditamos que, com isso, a Coca-Cola Brasil e seus fabricantes incentivam as demais indústrias a tomar medidas semelhantes. Vale destacar que 100% das embalagens de PlantBottle de todo o mundo usará etanol brasileiro".

Sem mudança de propriedades químicas, cor, peso ou aparência em relação à PET convencional, a PlantBottle é 100% reciclável e já entra na cadeia de reaproveitamento de materiais consolidada no País desde sua chegada ao mercado. A nova garrafa começará a ser comercializada em abril, inicialmente nas embalagens de Coca-Cola de 500ml e 600 ml, no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Porto Alegre.

Cadeia de suprimentos e sustentabilidade
De acordo com a Coca-Cola, a cana-de-açúcar utilizada para produzir as garrafas PlantBottle provém de fornecedores auditados, que utilizam essencialmente a irrigação natural (chuva) e a colheita mecânica. No Brasil, 99,7% dos campos de cana-de-açúcar estão a pelo menos 2.000 km da Amazônia.

“Esse é um compromisso fundamental que as empresas precisam assumir. Além de buscar iniciativas de produção amigáveis ao meio ambiente, elas devem informar ao consumidor sobre as cadeias de produção de seus produtos. Só assim o consumidor pode fazer sua escolha, premiando as empresas que se preocupam com a preservação dos recursos naturais”, declara Heloisa Mello, gerente de operações do Instituto Akatu.


Fonte: www.akatu.org.br

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